Eduardo Lourenço

⁠Somos poetas por definição porque somos falantes, criadores de ficção. Falar é ficcionar, essa é a nossa primeira relação com o mundo.

⁠As pessoas não se queixam tanto do que se escreve sobre elas. Do que as pessoas se queixam é do que, sobre elas, a gente não escreveu.

⁠Se há alguma coisa que posso dizer de mim é que eu nasci nos livros e nunca saí dos livros.

⁠O homem é, por essência, alguém que vive dos sonhos maiores do que ele.

Mais importante que o destino é a viagem.

Na verdade, não temos saudades, é a saudade que nos tem, que faz de nós o seu objecto. Imersos nela, tornamo-nos outros. Todo o nosso ser ancorado no presente fica, de súbito, ausente.