Stephenie Meyer - Lua Nova

O verdadeiro amor estava perdido para sempre. O príncipe nunca voltaria para me despertar de meu sono encantado com um beijo. Eu não era uma princesa, afinal.

Ele pegou meu rosto entre as suas mãos de pedra, segurando-o com firmeza enquanto seus olhos de meia-noite cintilavam nos meus com a força gravitacional de um buraco negro.

Não que isso importe. Se você ficar, não preciso do paraíso.

O conto de fadas tinha voltado. O príncipe retornara, o feitiço fora quebrado.

Como eu poderia combater as fronteiras tênues do nosso relacionamento, se eu gostava tanto de ficar com ele?

As ondas de dor que me haviam assaltado pouco tempo antes se erguiam agora com força e inundaram minha cabeça, puxando-me para o peito. Não voltei à superfície.

Talvez fosse fácil - como segurar a mão dele ou ter seus braços me envolvendo. Talvez fosse ótimo. Talvez não fosse uma traição. Além disso, a quem eu estava traindo, aliás? Só a mim mesma.

De muitas maneiras verdadeiras, eu o amava. Ele era meu conforto, meu porto seguro. Naquele exato momento, eu preferia que ele me pertencesse.

Eu sempre o amaria e isso nunca, jamais, seria suficiente.

O custo era um entorpecimento que não acabava nunca. Entre a dor e o nada, eu escolhi o nada.