Roberto Freire

Quem começa a entender o amor, a explicá-lo, a qualificá-lo e quantificá-lo, já não está amando.

Porque eu te amo, tu não precisas de mim. Porque tu me amas, eu não preciso de ti. No amor, jamais nos deixamos completar. Somos, um para o outro, deliciosamente desnecessários.

O contrário da morte não é a vida, é o amor.

Vamos brincar de imaginar um mundo diferente? As pessoas deixam de ser coisas e passam a ser gente!

O amor é tanto, não quanto. Amar é enquanto, portanto. Ponto.

Sem tesão não há solução.

Estar vivo não nos distingue radicalmente dos mortos; mas, estar apaixonado, sim.

É o amor, não a vida, o contrário da morte.

Tragicamente, o ser humano se habituou a viver migalhas do amor, porque na sociedade capitalista há uma regra infalível: quem ama não fica rico.

Entre o risco no prazer e a certeza no sofrer, acabamos sendo socialmente empurrados para a última opção.