A vida é um viajante que deixa a sua capa arrastar atrás de si, para que lhe apague o sinal dos passos.
Feliz, feliz Natal, que nos traz de volta as ilusões da infância, recorda ao idoso os prazeres da juventude e transporta o viajante de volta à própria lareira e à tranquilidade do seu lar.
Eu me vejo assim: um viajante, um arqueólogo do espaço, tentando em vão restaurar o exótico com o uso de partículas e fragmentos.
O viajante precisa bater em todas as portas estranhas para entrar na sua. É preciso vagar por todos os mundos externos para, no final, chegar ao santuário mais interno.