A vida é feita de gestos e lembranças. Os sinais que nos guiam são um simples sopro de delicadeza na velocidade cruel de nosso tempo.
Combater e morrer é pela morte derrotar a morte, mas temer e morrer é fazer-lhe homenagem com um sopro servil.
E a areia a escamar, tudo aquilo que restou E no fundo forjar, uma pérola no peito E fazer valer todo tempo que escorreu nas mãos E no sopro do vento me olhar
O coração da mulher é assim, parece feito de palha, incendeia-se com facilidade, produz muita fumaça, mas em cinco minutos é tudo cinza que o mais leve sopro espalha e desvanece
A distância entre o ordinário e o extraordinário não era mais que um passo, um sopro, uma respiração...