É fascinante o duelo de discursos. Como uma mesma história pode ser tratada de duas maneiras completamente diferentes.
Com a capacidade de representar o mundo em signos e símbolos, vem a capacidade de mudá-lo, que, na verdade, é também a capacidade de destruí-lo.
Acusar o outro de impor um pensamento quando é ele que empreende todo os esforços para barrar qualquer pensamento.
Não é engraçado. É a ruína causando mais ruína. O que interessa é fazer barulho, porque o barulho encobre o vazio de ideias.
Torna-se urgente, prioritário, fazer um esforço coletivo e enfrentar a burrice com o único instrumento capaz de derrotá-la: o pensamento.
Tudo o que é de importância social é feito hoje, seja na política, finanças, manufatura, agricultura, caridade, educação ou outros campos, deve ser feito com a ajuda da propaganda.
Mas sendo dependentes, todos os dias do ano e ano após ano, de certos políticos para notícias, os repórteres do jornal são obrigados a trabalhar em harmonia com suas fontes de notícias.
Somos governados, nossas mentes são moldadas, nossos gostos formados, nossas ideias sugeridas, em grande parte por homens dos quais nunca ouvimos falar.
Se deixarmos de projetar nosso futuro, alguém o projetará para nós, não em função de nossos interesses, mas do seu próprio proveito.