As canções, os relatos, os contos populares, pintam em poucas palavras o que a literatura se limita a amplificar e a disfarçar.
Um dia virá em que o trabalhador poderá ser um artista, senão pela expressão (o que cada vez importará menos) mas pelo menos para sentir o belo.
Quero que as pessoas olhem para mim e tenham sempre uma surpresa. Minha meta é sempre surpreender positivamente o meu público.
Se depender de mim, nunca ficarei plenamente maduro nem nas ideias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.
Que negócio é esse daí? É mulher? Que bicho que é? Prazer, eu sou arte, meu querido Então pode me aplaudir de pé
Nenhuma ideia permanece pura. Mesmo o florescimento da arte não é puro. E o sol tem manchas. Todos os gênios menstruam. Na tristeza flutua o riso. No coração do rugido espreita o silêncio.
A arte é tão maravilhosamente irracional, exuberantemente sem sentido, mas ainda assim é necessária. Inútil, porém necessária, e isso é difícil para um puritano compreender.
Não há nada de especial para ver ao olhar para mim. Sou um pintor que pinta dia após dia, de manhã até a noite – retratando figuras e paisagens, mais raramente retratos.
Quem quiser saber alguma coisa sobre mim – como um artista que, por si só, é significativo – deve olhar atentamente para as minhas obras e procurar reconhecer o que sou e o que quero.
Um artista só é capaz de reproduzir o que puder ver e tocar, e deve tentar fazê-lo tão simples e objetivamente quanto possível.