E, no entanto, continua a ser um enigma para mim. Você brinca com a vida, tem um prodigiosa afeição pelos pequenos detalhes e prazeres, é uma espécie de artista da vida.
Questionar quem deve ser o chefe é como discutir quem deve ser o saxofonista num quarteto: evidentemente, quem o sabe tocar.
O Brasil reconhece a minha glória, me incensa, me acha formidável, mas ignora o principal de minha obra. Gostaria de saber o motivo, mas não posso perder tempo em descobri-lo.
Muitos compositores de nossa época pretendem ser modernos, sem possuir o dom da originalidade. E não compreendem que todo artista original é moderno por força.
A linguagem na arte continua sendo uma transação altamente ambígua, uma areia movediça, um trampolim, uma piscina congelada que pode ceder sob você... a qualquer momento.