Não sei bem porquê, mas capturar momentos me fascinava. Talvez porque às vezes tudo que temos são momentos. Porque não há repetições; o que acontece em um momento define a vida.
Se a perda da individualidade é de certa maneira imposta ao homem moderno, o artista lhe oferece uma revanche e a ocasião de encontrar-se.
De repente, a vida dela era igual uma pintura, uma série de momentos congelados no tempo, como se ela assistisse de fora.
Com o preto e branco e todas as gamas de cinza, porém, posso me concentrar na densidade das pessoas, suas atitudes, seus olhares, sem que estes sejam parasitados pela cor.