O que é o homem na natureza? Um nada em relação ao infinito, um tudo em relação ao nada, um ponto a meio entre nada e tudo.
Não vou dizer a vocês que as coisas são de um jeito ou de outro; mas, se vocês são reais, onde estão? E, se o mundo é real, onde está?
Se me pedissem para escolher agora, eu teria lido a parte sobre vazio. Essa é a única parte verdadeira. Tudo é vazio e fútil. (...) Nunca conseguimos o que queremos.
O progresso do homem não é mais do que uma descoberta gradual de que as suas perguntas não têm significado.
A vida aqui surgia por si mesma e sem nenhuma razão particular. Não era examinada e morria esquecida.
Pensar o presente conduz necessariamente ao desespero porque a vida não tem outra solução senão perpetuar-se na sua imperfeição.
Antes, a questão era descobrir se a vida precisava de ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado.
A paz é um absurdo, como a realidade concreta é um absurdo que é preciso recriar para que se torne afecto do homem, obra sua.