Fui obrigado a conviver a vida toda com essa dualidade: apaixonado pela ficção, de um lado, e tendo que trabalhar com a informação no dia a dia.
— Tem todos os dentes. Ela não é a Bruxa das Terras Desoladas, não é? — Eu não a teria deixado entrar se fosse — replicou a lareira.
A história não lida não é uma história. São pequenas manchas negras em polpa de árvore. O leitor, ao lê-la, a faz viver. Uma coisa viva, uma história.
Um bom livro poderia transportá-la para muito, muito longe, para um mundo diferente, outro país, outra cultura, onde o clima era mais quente e a vida era mais fácil.
Não haveria tantas histórias sobre vampiros, zumbis e outras criaturas estranhas se elas não existissem de verdade.
Todas as histórias são mentiras. Mas as boas histórias são mentiras feitas de luz e fogo. E elas erguem nossos corações do pó e da sepultura.