Se eu pudesse imaginar que estes seriam os últimos dias da minha vida, ou melhor, da vida com a qual estava acostumada, faria alguma diferença?
Mas também eu vim caindo, Do trono que tinha outrora, Ao desespero de agora Deste meu fim nunca findo.
O tempo me fez ser esperançoso Mas se o nosso fim é o certo, é um círculo vicioso Pão e circo até redescobrirmos tudo E apagará a cultura quando voltarmos ao jogo
Maio já está no final O que somos nós afinal se já não nos vemos mais? Estamos longe demais longe demais.
Não havia ponte entre os mundos que os separavam. Haviam viajado para longe demais um do outro e não havia retorno. Não havia agora, nunca haveria” .
Tudo quanto é música que acaba, vai ficando mais devagar, mais isso, mais aquilo, e a gente vê que ela tá chegando ao fim.
A vida se transforma em morte e é como se essa morte tivesse possuído essa vida o tempo todo. Morte sem aviso. Em outras palavras: a vida pára. E pode parar a qualquer momento.
Agora, o remédio é partir discretamente, sem palavras, sem lágrimas, sem gestos. De que servem lamentos e protestos, contra o destino?