As obras de arte dividem-se em duas categorias: as de que gosto e as de que não gosto. Não conheço outro critério.
O alvo da minha pintura é o sentimento. Para mim, a técnica é meramente um meio. Porém um meio indispensável.
O meu objectivo é colocar no papel aquilo que vejo e aquilo que sinto da mais simples e melhor maneira.
O que há de mais real para mim são as ilusões que crio com a minha pintura. O resto são areias movediças.
Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade.
Não há nada de especial para ver ao olhar para mim. Sou um pintor que pinta dia após dia, de manhã até a noite – retratando figuras e paisagens, mais raramente retratos.