Nossas virtudes e nossos defeitos são inseparáveis, assim como a força e a matéria. Quando se separam, o homem deixa de existir.
Convém não facilitar com os bons, convém não provocar os puros. Há no ser humano, e ainda nos melhores, uma série de ferocidades adormecidas. O importante é não acordá-las.
Não se trata de dizer morbidamente “o mundo é mau”, mas reconhecer que no humano a verdade é uma ferida incurável.
Estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiura e sua beleza e me pergunto como uma coisa pode ser as duas.
A ideia fixa, que faz cometer mais crimes do que todos os outros desregulamentos da natureza humana, deve-se recear ainda mais quando apresenta a máscara do amor.
No fundo, não descobrimos no doente mental nada de novo ou desconhecido: encontramos nele as bases de nossa própria natureza.
O homem tem apenas um fim: escolher para vantagem de si próprio; a natureza, ao contrário, escolhe para vantagem do próprio ser.
Se perdermos nossa natureza humana, perdemos muito, mas se perdermos nossa natureza animal, perderemos tudo.