Quando as pessoas entendem que a gente está lutando por justiça social, por equiparação e por equidade, não tem motivo para não ser feminista.
Minha luta diária é para ser reconhecida como sujeito, impor minha existência numa sociedade que insiste em negá-la.
Percebi há muito tempo que, se eu quisesse ter sucesso no mundo dos homens, eu teria que seguir as regras deles.
Não se limite a rotular alguma coisa de misógina – explique a ela por que aquilo é misógino e como poderia deixar de ser.
Nunca lhe diga para fazer ou deixar de fazer alguma coisa “porque você é menina”. “Porque você é menina” nunca é razão para nada. Jamais.
Às vezes, as mães, tão condicionadas a ser tudo e a fazer tudo, são cúmplices na redução do papel dos pais.
É claro que não estou preocupada em intimidar os homens. O tipo de homem que se sente intimidado por mim é exatamente o tipo de homem que eu não tenho nenhum interesse.
A cultura não faz as pessoas. As pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres não faz parte da cultura, então temos que mudar nossa cultura.
Temos um mundo cheio de mulheres que não conseguem respirar livremente porque estão condicionadas demais a assumir formas que agradem aos outros.
Ao dizermos que os pais estão “ajudando”, o que sugerimos é que cuidar dos filhos é um território materno, onde os pais se aventuram corajosamente a entrar. Não é.
Hoje o que eu tô gostando é que ninguém deixa passar nada. Isso eu gosto muito hoje, as pessoas não levam mais desaforo pra casa.