Ainda que ele quisesse desesperadamente ouvir a voz dela, até mesmo marcar um encontro, temia o momento constragedor em que ela atenderia o telefone.
Ela bebe, e o desconforto de viver, a timidez de respirar, todo esse sofrimento derrete nos copos que beberica com a ponta dos lábios.
Levo comigo uma bagagem silenciosa. Fechei-me tão profundamente e por tanto tempo no silêncio que nunca consigo abrir-me através das palavras. Apenas me fecho de outras formas quando falo.
Eu sempre teria medo: medo de dizer a frase errada, de usar um tom excessivo, de estar vestida inadequadamente, de revelar sentimentos mesquinhos, de não ter pensamentos interessantes.