O que faz da fotografia uma invenção estranha é o fato de suas principais matérias-primas serem a luz e o tempo.
Qualquer atividade torna-se criativa e prazerosa quando quem a pratica se interessa por fazê-la bem feita, ou até melhor.
Eu queria mostrar algo que não fosse uma ilusão. Algo que fosse real. Algo que pudessem ver e tocar.
O que eu gosto nas fotografias é que elas capturam um momento que se foi para sempre, impossível de reproduzir.
Uma vez que a obra de arte fica pronta, o artista não tem mais o que fazer com ela. Tudo que lhe resta é ser admirada pelos outros.
Quando me interesso por algo, eu aprendo. Quais são as regras, quem são os melhores do mundo naquilo.
Minhas fotografias são um vetor entre o que acontece no mundo e as pessoas que não têm como presenciar o que acontece. Espero que a pessoa que entrar numa exposição minha não saia a mesma.
Com o preto e branco e todas as gamas de cinza, porém, posso me concentrar na densidade das pessoas, suas atitudes, seus olhares, sem que estes sejam parasitados pela cor.