Às vezes eu não sou eu mesmo. Sou… outra pessoa. E sempre que essa pessoa está no controle, eu não consigo me lembrar das coisas.
Algumas pessoas acreditam que se contarmos uma história várias vezes ela se torna real. Ela nos torna quem somos. E isso pode ser assustador.
Pretendo reinvindicar o meu próprio território pequenino, mas meu. Faltando lhe um nome, eu o chamarei -temporariamente- de terra a foda.
Compreendo que um compositor alemão seja cerebral. O que não admito é a criação cerebral num latino.
É como se, sob determinadas circunstâncias, uma criatura selvagem e sub-humana assomasse à superfície de seus eus atuais e se apossasse temporariamente deles.
Nem a morte, nem a fatalidade, nem a ansiedade, podem causar o insuportável desespero que resulta de perder a própria identidade.
Quem quiser saber alguma coisa sobre mim – como um artista que, por si só, é significativo – deve olhar atentamente para as minhas obras e procurar reconhecer o que sou e o que quero.
Ego: Depois de todos esses anos, eu te encontrei. Meu nome é Ego e eu sou seu pai, Peter. Eu quis experienciar o que é ser humano. Então eu criei o que achei que seria um ser biológico.
Só posso escrever o que sou. E se os personagens se comportam de modos diferentes, é porque não sou um só.
Você é sempre a pessoa que era quando nasceu. Você apenas continua encontrando novas maneiras de o expressar.