Eu escrevo todo dia, por compulsão. Mas agora, aos 70 anos, uma das perguntas que mais me intrigam é o que eu vou ser quando crescer. Há em mim um velho que não sou eu.
Quando eu era jovem, pensava que o dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Hoje, tenho certeza.
Sempre me diminuí pelo bem dos outros e sempre preferi fugir do que lutar. Mas agora eu prefiro ser uma pessoa difícil do que insignificante.
Eles eram muito jovens para apreciar a sorte e o acaso que contribuem para a formação de uma pessoa.
Você está ficando mais velha e verá que a vida não é como os seus contos de fadas. O mundo é um lugar cruel. E você vai aprender isso, mesmo que machuque.
Todos estes livros, reparo, estão me mudando por dentro. Eu não podia imaginar que isso de ler era como viver.