Ele nunca esqueceu os nomes de ruas e números dos prédios. É o seu jeito de lutar contra a indiferença e o anonimato das grandes cidades, e também contra as incertezas da vida.
Abril é o mais cruel dos meses, germina Lilases da terra morta, mistura Memória e desejo, aviva Agônicas raízes com a chuva da primavera.
Só se podia reconstruir o passado com os tijolos do presente. Para recordar a alegria, era preciso ter alegria à mão.
Era um simples trajeto. Um voo a caminho de um show. Muitos de nossos ídolos se foram assim. Sua voz será sempre ouvida. Seu sorriso será sempre lembrado.
A memória é uma armadilha, pura e simples, que altera, e subtilmente reorganiza o passado, de forma a se encaixar no presente.
Todos nós morremos um dia, mas enquanto alguém mantiver os desejos de uma pessoa vivos, ela não morrerá realmente.
Quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana.
Conforme envelhecemos, amamos de forma diferentes, porque devido a fatores como experiência memória e autopreservação pensamos, agimos e vivemos de forma diferente.