Inteligência não é apenas a capacidade de raciocinar; é também a capacidade de encontrar material relevante na memória e mobilizar a atenção quando necessária.
O que aprendemos com o passado é maximizar as qualidades de nossas futuras lembranças, não necessariamente de nossa futura experiência. Essa é a tirania do eu recordativo.
Não havia sofrimento ao embalar as coisas de uma vida da qual não nos lembrávamos, não havia arrependimento quando não estávamos deixando nenhuma recordação para trás.
Morrer é fácil. Alguns momentos sofrendo e depois, nada. Você merece mais do que nada. Merece ser lembrada.
Comecei a pensar que o paraíso é isso - um lugar na memória dos outros onde a nossa melhor versão continua vivendo.
Enquanto o sofrimento estivesse vivo na memória de todos, quem sabe não procurariam, nem que fosse pela força do desejo, a criação de um novo destino.
Dizem que você morre duas vezes. Uma vez, quando você pára de respirar e uma segunda vez, um pouco mais tarde, quando alguém diz seu nome pela última vez.
Eu poderia passar mil anos tentando bloquear aquele momento da memória, e ele ainda arderia em minha mente.