Nunca disse aos meus filhos para serem honestos. Sabe por quê? Porque sempre pensei que a gente já nascesse honesta e isso não se ensinasse.
Tenho saudade do meu pai, um herói. O que o passado tira de mim, o presente constrói. Hoje me vejo igual o meu pai, um herói, me acho fraco e no fim a compaixão só me destrói.
Minha filha foi questionada por uma senhora num restaurante de Hotel de Londres sobre o que o pai dela fazia, e ela respondeu: “Ele é um pirata” - Eu fiquei muito orgulhoso dessa resposta.
Era em momentos como esse que eu achava o meu pai, que odiava armas e nunca esteve em nenhuma guerra, o homem mais corajoso que já existiu.
Posso dizer, pois, que os mortais alheios / ao casamento e à procriação / desfrutam de maior felicidade que os pais e mães.
A maior decisão que uma mulher pode fazer na vida não é com quem se casar, mas quem será o pai de seus filhos. É um elo para a vida toda.
Porque jamais esquecerei, e ela me comove, vossa estimada e boa imagem paterna, quando no mundo, uma vez por outra, me ensináveis como o homem se torna eterno.
Às vezes, as mães, tão condicionadas a ser tudo e a fazer tudo, são cúmplices na redução do papel dos pais.
Ao dizermos que os pais estão “ajudando”, o que sugerimos é que cuidar dos filhos é um território materno, onde os pais se aventuram corajosamente a entrar. Não é.
Todo homem está tentando viver à altura das expectativas do seu pai ou de compensar os erros do seu pai.
Ter filhos de fato acaba com a adolescência. Todos nós somos pais ou filhos: aqueles que tomam a responsabilidade ou aqueles que a exigem dos outros.