O mundo ricocheteava nele, se espatifava de encontro a ele, às vezes aderia a ele - mas nunca entrava.
Sempre pensei que ninguém prestava atenção no que eu fazia, que o único drama era na minha cabeça, mas, afinal, eu não era tão invisível assim.
Elas me riscaram do mapa dos humanos. Eu era um não ser. Um invisível. Mais invisível que os invisíveis, pois eles, ao menos, detinham um poder que todos temiam.
A morte procura você por toda parte, mas não consegue vê-lo. Invisível para a morte, mas que destino! Por fim, ela se cansa de procurar e leva quem estiver perto
Morrer é ficar calado, não dizer nada, não se mexer, deixar os outros passarem, não respirar… e estar presente em todos os lados, escondido.
Achava que devia ser ótimo ser o ar. Eu poderia ser alguma coisa e nada ao mesmo tempo. Ser necessário e invisível. Todos precisariam de mim e ninguém conseguiria me ver.