Às vezes a gente quer muito uma coisa e então acha que vai querer a vida toda. Mas aí o tempo passa. E o tempo é o tipo do sujeito que adora mudar tudo.
Tudo quanto é música que acaba, vai ficando mais devagar, mais isso, mais aquilo, e a gente vê que ela tá chegando ao fim.
A vida se transforma em morte e é como se essa morte tivesse possuído essa vida o tempo todo. Morte sem aviso. Em outras palavras: a vida pára. E pode parar a qualquer momento.
Como era possível que vidas inteiras pudessem mudar, pudessem ser destruídas, e que ruas e prédios continuassem os mesmos?
Claramente, a vida pegava as pessoas e as sacudia até elas ficarem irreconhecíveis, mesmo para quem já as conhecia bem. Ainda assim, havia poder em conhecer alguém.
Gostando ou não, uma borboleta deve primeiramente viver como uma lagarta antes de poder voar por aí.
Em certos corações o amor é assim, tudo quanto tem de terno, de dedicado, de fiel, desaparece depois de certas provas e transforma-se num incurável ódio.
Deve ser a coisa da idade Mas eu não consigo enxergar tão longe Eu sempre te disse a verdade Mas já não me vejo mais como antes Hoje eu me sinto bem mais distante
As pessoas dizem: Quando você tem filhos, tudo muda. Mas talvez as coisas só são despertadas, elas já estavam lá desde o começo.