Minha babá é uma fada. (...) Ela deve ter poderes mágicos, só assim para ter transformado esse apartamento abafado, exíguo, em um lugar calmo e claro. (...) Ela fez a luz entrar.
Às vezes acho que este vale é amaldiçoado. É um lugar lindo e poderoso, mas também está cheio de horror e maldade há séculos.
Eu posso ensinar a enfeitiçar a mente e confundir os sentidos. Eu posso ensinar como engarrafar a fama e cozinhar a glória, e até pôr um fim na morte.
A memória é uma mágica não desvendada. Um truque da vida. Uma memória não se acumula sobre outra, mas ao lado. A memória recente não é resgatada antes da milésima. Elas se embaralham.
A maldição da magia é que, para cada recompensa, há uma grande perda. Para cada feitiço que dá certo, há alguma outra coisa – no mundo real e natural – que dá terrivelmente errado.
Que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.
Às pessoas que olham para as estrelas e desejam… Às estrelas que ouvem e aos sonhos que são atendidos.